01/07/2006

(*** Esta eu vi no site Último Segundo)

Brasil pára sua caminhada rumo ao hexacampeonato

Agência EFE

21:35 01/07

O Brasil, uma seleção de jogadores de US$ 500 milhões, parou hoje em sua caminhada rumo ao sexto título mundial de sua história por falta de combustível.

Ronaldinho Gaúcho, o mais caro da constelação verde-amarela, foi preciso ao descrever o que faltou aos pupilos de Carlos Alberto Parreira para virar o jogo vencido pela França por 1 a 0.

"Até o último minuto buscamos um milagre, mas não saiu", disse o astro do Barcelona.

Aos 26 anos, Ronaldinho Gaúcho viu em dois Mundiais as duas caras do futebol: campeão em sua estréia em Copas, em 2002, e apenas espectador do que será o desfecho da competição na Alemanha, em 9 de julho, em Berlim.

Se Ronaldinho Gaúcho ainda tem gás para continuar, a derrota em Frankfurt pode acelerar a despedida de Cafu da seleção. O capitão de 36 anos é agora o jogador que vestiu a camisa da seleção em mais jogos de Copa, com dezenove atuações.

Roberto Carlos, com 33 anos, disse em tom sério e em de piada que quer ultrapassar os números de Cafu, mas há algum tempo a imprensa também pede uma substituição em seu posto.

Com 30 anos, que completará em 22 de setembro, Ronaldo talvez seja a figura que sairá menos prejudicado, pois começou mal, endireitou o rumo no terceiro jogo contra o Japão - ao marcar dois gols -, e contra Gana abriu o caminho da vitória por 3 a 0, para se tornar o artilheiro de Mundiais, com quinze gols.

Cicinho, Gilberto e Robinho surgem como candidatos ao posto dos consagrados Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo.

Parece fácil fazer previsões após os fatos consumados, ou com resultados à vista, e mais de uma geração que tanto ganhou quanto decepcionou os torcedores.

A decepção da 'geração Ronaldo' começou em 1998, na final contra a França, mas premiou quatro anos depois os torcedores com uma impecável campanha na Copa na Coréia do Sul e Japão.

Tudo indicava que 2006 seria o ano da confirmação e do sexto título mundial, mas a paciência dos franceses, a impossibilidade de os brasileiros resistirem aos trunfos do adversário, e o principal inimigo, Zinedine Zidane, colocaram fim ao sonho.

Para muitos, foi o preço da falta de uma exibição estimulante nos quatro jogos disputados. Para outros, foi o castigo para uma equipe que marcou dez gols em cinco partidos e recebeu apenas dois.

A seleção volta para casa após uma seqüência de onze vitórias em Copas - sete no Mundial de 2002 e quatro no de 2006 - diante de uma França que não costuma perder nas quartas-de-final.

Os "bleus" tinham sido os últimos a derrotarem o Brasil em Mundiais, em julho de 1998.

A eliminação do Brasil garante uma final européia neste Mundial, o que não acontecia desde 1982, quando as seleções da Alemanha e da Itália disputaram o título na Espanha.