22/03/2015

Repassando: "Ministério Público sugere censo interno para combater discriminação nas empresas"


Stooopppp!!!!
Antes de postar a reportagem.
Desabafando aqui..

Vocês acreditam, leitores, que ainda tem gente que vem e me diz umas certas asneiras??
Tipo assim: "Ai, Simone, isso é coisa da sua cabeça. Todos tem oportunidades iguais."
Ou que diz "Racismo é discurso de quem é de esquerda"
Ou que diz "Eu não vejo esse preconceito todo que você diz."
Ou ainda que comenta "Vocêeee? É pos graduada?! Nossa. Mas você não tem cara de que trabalha na área "tal" "

Para os que disseram isso, se vierem aqui... Um recado:
Me dêem o endereço do planeta em que vocês vivem (ou então vão, para lá, e não voltem mais para a Terra, porque vocês não estão nos ajudando), e quanto que é a passagem para esse lugar . Será maravilhoso ir para um lugar com oportunidades iguais para todos, e sem racismo ou qualquer outro tipo de discriminação.

A fonte da reportagem é da Página de Economia do IG. Tomara mesmo, que haja uma investigação bem forte em cima disso e que quem impede o crescimento dos outros por puro preconceito pague pelo mal que causam à muitos seres humanos que só querem trabalhar e ter seu dinheirinho.

Segue abaixo. 


Ministério Público sugere censo interno para combater discriminação nas empresas



Mulheres e negros são vítimas com mais frequência de práticas que prejudicam o crescimento profissional, afetam a dignidade e acabam se refletindo em salários menores

Da BBC Brasil - Em 21/03/2015

Promover ambientes de trabalho onde funcionários tenham oportunidades iguais na carreira, independente do gênero, da raça ou aparência física são desafios para as empresas brasileiras. No contexto atual, mulheres e negros são vítimas com mais frequência de práticas que prejudicam o crescimento profissional, afetam a dignidade e acabam se refletindo em salários menores.
A avaliação é da coordenadora nacional da Coordenadoria de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), do Ministério Público do Trabalho (MPT), Lisyane Chaves Motta.
No Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial, comemorado neste sábado (21), a procuradora informou que a discriminação atinge mais mulheres e negros. Na sequência, idosos, pessoas com deficiência e obesos, maioria entre as vítimas dos casos monitorados desde 2003, quando foi criada a coordenadoria.
Conforme Lisyane, o problema se materializa no trabalho diferenciado, no corte de promoções e em assédios moral e sexual. “As pesquisas das próprias empresas indicam que, se tratando de negras, a situação é ainda pior”, alertou.
Para enfrentar o problema, a coordenadora do MPT sugere, como primeiro passo, que as empresas descubram, por meio de censo interno, o perfil dos trabalhadores. Acrescentou que, com base na auto-declaração, é possível levantar quantos são negros, mulheres e pessoas com deficiências, de modo a comparar com os dados populacionais das localidades onde estão instaladas.
“É preciso que não haja discrepância [na contratação e na ascensão]. Dá para monitorar”, explicou Lisyane.
Lisyane Motta afirmou que as empresas que decidirem estudar o perfil de seus profissionais podem traçar medidas para enfrentar a discriminação e combater preconceitos mais comuns no dia a dia, além de pensar benefícios para atender o trabalhador e reter talentos. 
“As empresas se surpreendem com esses levantamentos, porque, não necessariamente, há uma deliberação ou intenção racista ou machista. Ou seja, a empresa não se dá conta dessas barreiras”, explicou.
Para a coordenadora, outro problema que empresas precisam reconhecer para criar um ambiente saudável com ganhos de produtividade é o assédio, do qual as mulheres e negras também são vítimas recorrentes.
No caso do assédio sexual, a procuradora do MPT explicou que basta uma única situação para caracterizar a prática. Segundo ela, normalmente são palavras e olhares de um superior que induzem ao sexo. por um superior. Para configurar o assédio moral, é preciso que a prática seja costumeira, com objetivo de humilhar, diminuir, excluir ou reduzir a auto-estima do trabalhador.
“O assédio moral não é coisa de um chefe. Ele existe na instituição. É uma forma de gerir a empresa que contagia todos os níveis de gestão. Quando comprovada, a Justiça pode impor penas ao assediador e à empresa que não combateu o problema ou, muitas vezes, tentou transformar a vítima em algoz."
“A alegação de assédio ascendente [do trabalhador contra chefe] é uma das formas de defesa. É a primeira coisa que o assediador diz [na Justiça]. A primeira mesmo”, ressaltou. “Depois, com as provas, a situação é esclarecida e fica comprovado o assédio [contra o trabalhador]”.
Para denunciar qualquer tipo de discriminação, preconceito ou assédio no trabalho, a vítima deve recorrer a seu sindicato, ao MPT ou à Justiça do Trabalho. Nesses locais, receberá orientações sobre tipos de provas que devem ser apresentadas e como solicitar indenizações.

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