03/04/2015

Ouvindo rádio ontem...


Ontem na van, voltando para casa, eu escutando o programa de 19:00 que quase ninguém que eu conheço escuta. 

Então... Está tramitando no Congresso, a alteração de algumas leis que servem para punir quem causar interrupção ou perturbação de serviços públicos. Onde a pena que era de dois a quatro anos de prisão, está sendo estendida de quatro a dez anos.
Eu entendo que isto vem com um nome muito "ambíguo", e que as leis existem desde mil novecentos e 'euaindanemeraviva', que abrange inclusive quem possa vir a praticar roubo, ou para quem causa algums divergência no serviço de energia elétrica por exemplo, e tal. Só que, não sei porque, que eu estou achando (#soacho) que vai ser uma situação mais complicada para o pessoal que está indo protestar.

Hahah... Se este blog existir por mais alguns anos, será que vão me acusar de "crimideia" ???? (Piadinha para descontrair) (Termo escrito em '1984', Orwell, G.)
Eu penso em tudo... rs. Todo dia.

Voltando...
Atualmente... Eu sei que eu não sou forte o suficiente para participar dos protestos. Já assumi para diversas pessoas. Me vejo como uma formiguinha levando pedacinho por pedacinho de folha para tentar recuperar algumas coisa. Eu, nos meus dias, aproveito muito o meu trabalho para "curar as feridas" de quem está sendo ferido pelo sistema, que muda as coisas sem dar explicação alguma. Se eu fosse "igual à maioria" nem ligaria para eles, mas é algo mais forte do que eu; e saber que mesmo no meio desse lugar machista e repleto de enganações que eu vivo, ainda assim consigo ajudar a pessoa a levantar, quando muitos, dão as costas para ela, seguindo é claro o famosíssimo método de "dividir para conquistar".

Anteontem passando pela Alerj vi algumas pessoas protestando. Gritando palavras de ordem. Mas somente nas escadas ali, com suas faixas e a polícia em torno, observando. Ao atravessar a rua, tinha uma moça atrás de mim falando com o namorado "isso é coisa de quem não tem o que fazer"... Achei tão ridícula a fala dela... Ao olhar para trás que percebi como era: negra como eu, e usando 'as roupas da moda'; me deu um pouco de vergonha porque, se não fossem por muitas manifestações e muita dedicação de nossos antepassados, hoje ela pode andar com uma roupa da moda e não como uma mucama (embora eu acredite que em diversos lugares e empresas o negro ainda é visto como um "mucamo arrumado"... Deixemos isto para outro texto). Nada contra elas, mas infelizmente existe uma força enorme querendo que fiquemos nesta condição que só está mudando, com muita luta, diariamente, ainda que silenciosa.

Admiro muito quem protesta. E jamais vou falar mal deles. Muito pelo contrário. São pessoas que se preocupam com um universo maior de pessoas. Não são "formiguinhas" como eu. 

Bom dia.

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